Mas quem poderá suportar o Dia da sua vinda. Malaquias 3:2
- Jean Carlo Kipfer
- 6 de nov. de 2024
- 3 min de leitura

O que traz verdadeiro temor ao seu coração? É curioso como, muitas vezes, aquilo que mais deveria nos despertar temor passa despercebido em nosso viver. A ideia de perder alguém que amamos profundamente, ou a fraqueza que sentimos ao enfrentar a doença de um ente querido, nos abalar de maneira tão intensa que faltam palavras para descrever o impacto. E, no entanto, enquanto temos tempo, muitas vezes negligenciamos esses relacionamentos, vivendo como se o tempo fosse infinito. Só valorizamos realmente aquilo que temos quando o tempo já está se esgotando.
Mas existe um chamado ainda maior que exige nossa atenção e temor: a vinda do Senhor . Há alguém que bate à porta do nosso coração todos os dias. Cristo, pelo Seu Espírito, nos convida a abrir as portas da nossa vida e a permitir que Ele nos purifique, nos molde, e habite em nós. Contudo, essa resposta a Cristo exige algo profundo — uma disposição de enxergar a Ele como nosso maior tesouro e permitir que Ele transforme todo o nosso ser.
O profeta Malaquias fala da vinda do Senhor como um momento de purificação e de refinamento. Ele pergunta: "Quem poderá suportar o Dia da sua vinda?" Esse é o dia em que a santidade de Deus revelará toda a fragilidade humana, e apenas aqueles que foram lavados, redimidos e purificados poderão suportar tamanha presença. Assim como é impossível estar plenamente preparado para perder alguém que amamos, também não há como estar plenamente pronto para o Grande Dia do Senhor, a menos que Ele mesmo nos prepare.
Por isso, enquanto há tempo, precisamos aproveitar cada dia para nos aproximarmos de Cristo. Assim como buscamos valorizar o tempo com as pessoas queridas, devemos cultivar um relacionamento profundo e genuíno com Jesus, buscando conhecê-lo e ser transformado por Ele. Em nossa humanidade, somos frágeis demais para suportar a pureza e a santidade desse dia, mas o Espírito Santo que habita em nós nos purifica e nos capacita a viver de maneira digna, preparando-nos para o encontro com Deus.
Que não sejamos pegos desprevenidos quando o tempo se esgotar, mas que podemos, como o apóstolo Paulo, dizer: "Combati o bom combate, a carreira acabei, guardei a fé." Que vidas reflitam o Cristo vivo, e que a morte, quando vier, seja para nós um lucro eterno, pois teremos nosso vivido em profunda comunhão com o Senhor.
Esperimente o texto em forma de poesia Quem poderá aceitar o Dia do Senhor?
Que o temor invade o coração,
quando diante do juízo santo,
nos vemos frágeis, pó no chão.
É curioso como o tempo passa,
e enquanto temos respiração e vida,
negligenciamos, vez por outra,
a presença de quem nos é querido.
A dor da perda nos dilacera,
um ente amado, um laço eterno,
e só então entendemos o valor
do afeto que era puro e terno.
Mas há Alguém que bate à porta,
um chamado suave e constante,
Cristo deseja habitar em nós,
purificando-nos a cada instante.
O profeta clama em voz solene:
"Quem suportará o Dia vindouro?"
No fogo santo somos refinados,
e Ele é nosso bem mais duradouro.
Prepare-se, quem está pronto?
Para esse encontro sem igual,
onde tudo é exposto à verdade,
onde o Senhor julga o bem e o mal.
Enquanto há tempo, procuramos,
cultivamos uma fé sem medo.
Como ao lado de um amigo caro,
vivamos em Cristo, nosso Salvador.
Nossa fragilidade nos limita,
não suportaríamos o peso,
mas o Espírito nos fortalece
e guia o fiel em Seu desejo.
Que, no fim, vamos com coragem:
"Combati o bom combate, vivi com fé."
Pois n'Ele está nossa esperança,
e a morte, então, o lucro será até.
Comments